Alem disso, estamos nas redondezas do Castelo e do Convento de Cristo (algo que também aconselho vivamente) e portanto as histórias da idade média iam dando algum encanto ao caminho... além de todo o espaço verde, limpo e saudável que nos acompanhava, encontramos também uma pequena gruta, (o que baptizamos de covil...) e também a "Charolinha", que foi desenhada por João de Castilho, um dos arquitectos mais importantes do sec. XVI e que participou também nas obras do Convento....
já num dos pontos mais altos da nossa trajectória podemos contemplar a cidade aos nossos pés e à nossa frente, envolvida pelo verde da mata e o azul do céu...(uma imagem única!)...
depois de carregar baterias com este passeio, passamos para a vertente cultural e continuamos a fazer de turistas, visitando 3 exposições de arte.. a primeira era uma exposição de fotografia (era o que dizia à entrada..) de dois alunos do curso superior de fotografia e de artes-plásticas do politécnico de Tomar. os temas era a identidade, memória, espaço-tempo... eu confesso que não percebi nada, e quero acreditar que é falta de conhecimento meu para aquele tipo de arte.. abstracta, suponho eu...
de seguida e cheios de confiança passamos para a Casa dos Cubos, onde se encontrava a exposição "Surrealismo porquê?" em homenagem aos 60anos da exposição do Grupo Surrealista de Lisboa... estavam presentes obras de António Domingues, António Pedro, Fernando Azevedo, João Moniz Pereira e Marcelino Vespeira... uma exposição interessante e complexa onde as figuras nuas femininas (integralmente ou partes), estava presente em quase todas as obras.... de facto, estes artistas portugueses não ficam a dever nada a Salvador Dali...
a Próxima paragem foi o Núcleo de Arte Contemporânea, onde a nossa mente foi invadida por mais 3 pisos de obras expostas.... fiquei um pouco desiludida quando ainda no primeiro piso encontrei réplicas das obras sobre a exposição do Surrealismo que tinha acabado de ver, mas os outros 2 pisos eram de obras completamente nova para mim... nomes como o de António Pedro, Mário Eloy e João Cutileiro estão presentes e muito bem representados... encontrei um quadro com referências a Fernando Pessoa que adorei...
já cansados e com os museus a fechar resolvemos concluir a nossa tarde de turistas com um breve passeio pelo jardins do Hotel dos Templários, onde está a roda do Mouchão e como é claro, não poderíamos dar por encerrada a tarde sem ir ao café Paraíso, situado na baixa da cidade, mesmo perto dos Paços do Concelho... um dos cafés mais antigos do país, apresentava espelhos em todas as paredes e as colunas (altíssimas) de mármore conjugadas com cores castanhas e cremes davam aquele espaço um ar argentino... a música curiosamente era argentina e convidava-nos a dançar, ali mesmo... como se não houvesse amanha.... decidimos que a dança ficava para outra altura, enquanto saboriavamos um belo chocolate quente amargo....
ainda ficaram vários pontos por visitar.. mas mais dias virão...
alguma vez fizeram de turistas na vossa própria cidade??
Boo
http://sarip.blogspot.com/2006/09/leiria-um-olhar-alternativo-ii-fachada.html?showComment=1159225380000
ResponderEliminarOk, Ismael.. tu já foste... agora já podes ser turista na minha cidade :) tens a minha autorização!
ResponderEliminarbeijinho
Várias vezes. Quanto a Tomar, gosto imenso dessa cidade, até casei lá e tudo!
ResponderEliminara sério??? Não me digas que foi na igreja de S.joão? (aquela que fica em frente à Câmara).. quando era pequena dizia que ia casar lá... agora que cresci um bocadinho decidi q nunca vou casar... tens de voltar cá...e avisa..
ResponderEliminarbeijinho
Foi nessa mesma. E não digas isso, és muito nova, vais ver que um dia aparece o "tal".
ResponderEliminarBeijoca!
PS: o meu pai ligou-me há pouco, diz que na Bertrand do Dolce Vita Coimbra apareceu um exemplar do primeiro livro do rafeiro, foste tu que encomendaste? ;)
Rafeiro... não acredito que encontre algum dia o "tal".. já me deixei dessas coisas...
ResponderEliminarquanto ao livro, infelizmente não fui eu... a menos que alguem me tenha ouvido choramingar e me vá oferecer, mas não me parece!