Adeus Gh...

No dia 5 de Outubro de 2005, uma menina, meio assustada, e com vontade de mudar o mundo, deu um salto de viragem e saiu da terrinha rumo a Coimbra para iniciar uma nova etapa… essa menina era eu…

Ao chegar a Coimbra, apenas vi uma casa, escolhi um quarto, porque gostei da claridade e da varanda… e foi assim que eu entrei na GH… no sábado passado, foi o meu último dia naquela casa (embora já não estivesse lá há mais de 15 dias a dormir...). arrumei tudo, tirei tudo o que acumulei ao longo destes 4 anos e entre nódoas negras, caixas, sacos e muita tralha, despedi-me da casa onde fui feliz até então….

Tal como na maioria das casas de estudantes, quando algum dos meus amigos ia à GH, era no meu quarto que era recebido, havia uma sala, mas não era muito usada como essa função.. num quarto com um tecto especial e onde 4 paredes foram testemunho de tantos sorrisos, de tantas lágrimas, de tantos segredos, de tantas conversas, de tantos abraços e desabafos, de tantas brincadeiras, corridas, batalhas de bolas de papel, de tanta coisa…. E a varanda… ai se esta varanda falasse… para além da melhor vista da Dias da Silva, também era o ponto forte do quarto… quantas vezes ouvi “ posso ir à tua varanda fumar um cigarro?”… quantas vezes eu disse “falamos na minha varanda”… era um lugar mágico, sem dúvida…

No sábado, já de saída, olhei o espaço vazio! Guardei as lembranças junto ao coração e saí!

Não me arrependo e acho que foi no momento certo!

Foi bom ter vivido ali!

Sobre as pessoas da GH

Desde a minha chegada a Coimbra, que encontrei grandes mulheres, das quais fui deixando lágrimas e muitas saudades ao ver partir… Sandra, Joana, jéssica, Helena, Vera de enfermagem, Cátia, Magda (a minha amiga Magda), Verix (a minha mami da família feliz, e que tantas vezes me viu a correr pró quarto dela e atirar para o chão…)…

Agora ao despedir, ficou um nó ao dizer adeus à Lili, que me parece uma miúda muito fixe, e quanto à Ritinha, recuso a despedir-me… fica sempre um até já! Porque nunca poderia deixar de estar com a pessoa que me acompanhou lado a lado ao longo destes anos e que sempre esteve ali para mim… uma pessoa que adoro e que sempre me verá como uma menina pequenina que precisa de ser protegida… Ritinha, obrigada! Obrigada pelos desabafos, pela troca de cartas cheias de ironia e sarcasmos quanto ao tema “hoje está um tempo esquisito”, pela companhia, pelo “atirar” para a cama e dizer “ahhhhhh hoje não me apetece fazer nada”, pelas conversas secretas e sobre nós, pelas danças e filmes fenomenais que filmamos, pelas teorias de engate que me querem ensinar, pelos abraços, pelos mimos, por tudo, obrigada!

Agora a casa é outra, mas tal como te foi dito e não só por mim, és sempre bem-vinda e faço questão que vás muitas vezes!

Foi muito bom ter a honra de vos conhecer.

Até sempre.

Boo